Takero têm 1,80 de altura, pele branca, 78 kg, cabelos lisos e acinzentados curtos e arrepiados, possui uma cicatriz no braço esquerdo em forma de X, olhos pretos e expressivos, que são bastante intimidadores, como se sempre estivesse com ódio de algo.

Takero é calado, um observador nato, prefere gastar seu tempo observando o que as ações e falas das outras pessoas, do que interagir com essas, seja em contato físico ou verbal. Sempre se mantém isolado dos demais, e quando questionado o porquê dessa atitude ele é claro em dizer, que não se relaciona com aqueles que não julgue serem dignos de sua companhia. Aos olhos das outras pessoas ele é visto como alguém arrogante e frio, o que para ele é algo satisfatório, pois acredita que apenas pelo medo você obtém o respeito dos demais.

Há 13 anos em uma pequena casa em um vilarejo situado ao sul da Rússia, um jovem casal teve seu primeiro filho um garoto grande e forte, com cabelos ralos e olhos negros como a mais profunda noite, seu nome era Takero. Os anos se passarão e o pequeno menino agora completava cinco anos, e durante um inverno rigoroso, onde não se tinha nem mesmo o que comer, seus pais resolveram que iriam em direção ao norte do país em busca de comida e melhores condições para criar seu pequeno garoto. Porém como não tinham dinheiro para a viagem, seu pai trocou a viagem dos 3 em troca dele trabalhar no navio de pesca em que viajariam, assim teriam comida e uma forma de chegar até seu destino, contudo a viagem seria longa, com previsão de 37 dias, e no 12º dia sua mãe não resistiu a uma doença que já havia matado outros tripulantes e faleceu, Takero além da dor da perda de sua mãe, teve também que ver a imagem dela sendo jogada ao oceano congelado, pois era esse o destino de todos aqueles que morriam durante as viagens de navio, passando-se mais 8 dias, seu pai também veio a falecer e a mesma cena se repetiu diante dos olhos do garoto, que ao mesmo tempo que sofria com a perda, alimentava consigo uma raiva que ele não sabia definir, mas só o que lhe dava vontade era de fazer o mesmo com aqueles homens que primeiro jogaram sua mãe e agora seu pai, pois na sua cabeça de criança eles não deviam estar fazendo aquilo, ele não podia ser separado de seus pais, ainda mais de forma tão fria. Por todo o restante da viagem Takero ficou no porão do navio onde ajudava na cozinha, sem esboçar uma única reação, era como se toda a vida que antes ele demonstrava, lhe tivesse sido sugada. Finalmente eles chegaram no seu destino, uma cidade portuária, onde o frio lhe fazia pensar que não havia saído de sua antiga aldeia, a não ser pelo fato de nesse novo local haver maior movimento de pessoas e também pelo visto uma maior quantidade de comida. Foi então que o garoto se deu conta que realmente estava sozinho, e não tinha para onde ir, a primeira noite nesse vilarejo, foi passada perto de uma igreja, onde dormiu na escada mesmo, e pode sentir toda a solidão da vida ainda mais quando vinha associada ao frio e a fome. Para não morrer de fome o garoto começou a roubar das feiras do vilarejo, mas com o tempo esses roubos foram se tornando ainda mais perigosos, pois os comerciantes já sabiam quem ele era e estavam espertos contra suas investidas. Em uma dessas tentativas que ele foi pego por dois homens que aparentavam entre 30 e 35 anos, que os seguraram e ameaçou o bater com um pedaço de madeira, o garoto pedia para que o deixassem ir e que estava com fome, afinal era apenas um peixe, eles nem sentiriam falta, mas isso não adiantou e começaram a bater no garoto, que por instinto começou a gritar e tentar se soltar. A uma rua dali, encontrava-se um homem de uns 25 anos, alto, loiro, nem magro nem forte, que andava pela região, e ouviu os gritos e xingamentos, e partiu ao encontro do local onde a confusão era originada, ao chegar lá, se deparou com a cena e mandou que os agressores parassem, contudo os homens o ignoraram e mandou que ele não se metesse, pois o garoto era um ladrãozinho e por isso ele estava apanhando, e quando voltou a esboçar tentativa de agredir o menino, o homem foi em direção a eles, e antes que pudessem perceber retirou o pau da mão do agressor, que partiu para cima dele, recebendo um soco e caindo desacordado, o outro que estava a segurar o menino, o jogou no chão e foi para cima do homem que estava a defender o menino, e como seu amigo, também caiu inconsciente no chão, em seguida o homem se apresentou como sendo Ryocco, e levou o menino para sua casa. Takero lhe contou toda sua trajetória, e Ryocco o ofereceram moradia e comida, o garoto agora passará a viver em sua pequena casa que ficava afastada da aldeia e cercada de gelo por todos os lados. Takero pediu que Ryocco o ensinasse a lutar como ele, pois ele queria ser forte para nunca mais ninguém maltratasse ele. Então eles começaram um duro treinamento, que iria durar pelos próximos oito anos da vida de Takero. Os primeiros dias de treino foram árduos, ao ponto que às vezes o garoto chegou a perda momentaneamente a consciência, porém a cada dia aumentava sua vontade de ficar mais forte e também sua admiração por seu mestre, que agora era sua única família. Passado dois anos do início do treinamento, Ryocco contou para Takero sobre a existência dos cavaleiros de Atena, e das armaduras, e também revelou a ele que o mesmo era um cavaleiro de Atena, que era protegido pela armadura de ouro de Aquário. Takero ficou ainda mais empolgado com a ideia e seu mestre disse que se ele conseguisse se tornar forte suficiente para destruir o grande iceberg ele então poderia receber sua armadura, pois dentro do grande iceberg localizado a 5 km de onde eles moravam, havia lacrado uma caixa de pandora que continha a armadura de bronze de Cisne, que fora do avô de Ryocco, e que a selou dentro desse iceberg até o momento de que outro cavaleiro fosse digno de usá-la. Com isso o garoto passou todos os dias a tentar quebrar a grande parede de gelo, contudo o máximo que ele conseguia era ferimentos na mão, e então o seu mestre o avisou que ele ainda não estava pronto, e que devia se focar em se tornar forte primeiro, para depois almejar um passo tão grande como esse. Sendo assim pelos 3 anos seguintes Takero aprendeu a suportar e controlar o frio e a neve que castigava durante todo o ano, aquele local. Agora já com 10 anos, ele tinha controle do gelo, e conseguia mudar a água para gelo, então seu mestre lhe ensinou a primeira técnica uma técnica de defesa chamada muralha de gelo, o controle dessa técnica foi árdua, porém em nada se comparou com o trabalho que deu para adquirir o controle da técnica de ataque, a nevasca de cristais, para conseguir controle total dessa técnica ele gastou quase 2 anos, porém ao término desse aprendizado, seu mestre lhe disse que agora sim ele certamente conseguiria destruir o grande iceberg e tomar posse da armadura de cisne, com isso Takero junto de Ryocco foram até o grande iceberg e o garoto agora com 13 anos, fez seu cosmo queimar como nunca antes, concentrou toda sua energia em seu punho direito e disparou um soco em direção ao centro do iceberg que rachou-se primeiramente ao meio, e a partir dessa rachadura central foi se estilhaçando em vários fragmentos, restando por fim apenas sua base e ao centro era possível ver uma caixa prateada, com um desenho esculpido nela. Takero foi em direção á caixa que respondia a seus passos, e quando estava a menos de 10 metros da mesma, essa ganhou um brilho tão intenso como o sol que nunca aparecia naquele lugar, e a caixa abriu-se e essa luz veio em direção a Takero, após esse feixe luminoso ser dissipado, era possível visualizar o garoto trajando a sagrada armadura de bronze de cisne.